Riva Kran, repórter
Todos sabemos e sentimos que a chegada dos concursados causou mal estar na Agecom. Herança - bem ou mal dita - do governo Cidinho, chegamos com a mesma sensação de ranço que ele deixou ao sair. Mas enfim, chegamos, e passados cinco anos, o horizonte ainda parece nublado demais.
Perdemos quadros excelentes. Colegas que decidiram buscar caminhos mais bem delineados. Outros de nós, continuam buscando esses caminhos (e devem ficar pouco tempo na Agência de três letras) e restaram aqueles, que como eu, permanecem. Seja por teimosia, paixão pela comunicação, preguiça de tentar outra coisa ou vontade de construir uma proposta goiana de comunicação pública.
O fato é que aqueles que ficaram, buscam melhores condições de trabalho. E isso inclui processos de gestão e diálogo permanente, avaliação, estrutura física e técnica, remuneração, qualificação, diárias e o bendito plano de cargos e salários. Nos ambientes corporativos, a máxima que trago como título desta pequena reflexão, é certa e inquestionável, não há o que debater. Se a condição melhora, a produtividade avança.
O que nos resta entender e enfrentar são as peculiaridades de pensar essas questões no serviço público. Como é possível que essas condições avancem num ritmo mais intenso? Nós podemos construir iniciativas coletivas que tragam mudanças efetivas e permanentes para a gráfica, site, rádio e tv? Suspiros aqui e ali, a impressão que temos é de um cansaço que cada um aprendeu a seu modo, mas algumas movimentações recentes na ABC, renovam a esperança e o desejo de que o enfrentamento coletivo supere o cansaço individual.
NFP (Nota da Funcionária Pública): Em conversa recente com nosso presidente, ele disse que não poderia deixar que mais funcionários saíssem para outros órgãos, pois ficaríamos sem pessoal. Retruquei que ninguém deseja ficar se não há incentivo financeiro, como em outras pastas. Ele garantiu que vai lutar para mudar isso. Eu, suspirei e segui."
Texto publicado no Marco Zero ed.00.
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